Eu já vi e vivi coisas que mulheres de 26 anos não viveram,
isso não é pra ser um comparativo de quem sabe mais ou experenciou mais, a
questão é que eu aprendi e aprendo não apenas com o que vivo mas com o que vejo
e ouço...me recordo claramente das lições vividas no colegial, não me refiro as
didáticas da docência mas as didáticas interpessoais, sempre dizia que sabia
muito na teoria, hoje prática e teoria se unem pra me ajudar na minha evolução
pessoal.
Aprendi que a pessoa que você mais deve amar no mundo e deve
sempre vir antes de qualquer um é Você mesmo, é ilógico pensar que se consegue
Amar realmente sem Se amar antes, como alguém pretende demonstrar um sentimento
que não conhece? Acabam confundindo com bem querer, paixão, carência, qualquer coisa
menos amor e sei disso porque já amei profundamente e fui amada, sei como é e
já passei por relações vazias onde só se permanece quem tem a necessidade de
ter alguém na vida pra se sentir alguém, ai já começam todos os enganos.
As pessoas, especialmente as mulheres de hoje em dia
precisam estar amando, estar com alguém pra se sentirem alguém também, só não
me lembro da parte de ter sido concebida pra precisar de alguém pra viver,
fosse assim teríamos o cordão umbilical até hoje, já que precisamos de alguém pra
sobreviver, ou não? Olhando em retrospecto vejo tantos erros gritantes meus e
de quem comigo convivia há tempos atrás e procuro não me arrepender, pois tudo
isso me ensinou algo, aprendi muito com os erros alheios, coisa que poucos
fazem, depois parti em uma empreitada pra evitar que amigos queridos cometessem
os erros que já havia visto, ninguém dava ouvidos e o EU AVISEI se tornou um
jargão, mas eles também precisavam passar por aquilo pra aprenderem algo, hoje
entendo isso...ai as vivências foram mudando, fomos crescendo e o mundo se
tornou cinza, a selva de pedra se impôs, mas eu nunca fui de seguir regras e
optei por seguir a natureza, a religião da Deusa e mergulhar em mim mesma num auto
conhecimento constante e não isento de dor e reprovação garanto, mas de qualquer
forma o mundo já não era mais cinza, mas também está longe de ser cor de rosa e
que ótimo, sempre preferi o verde do natural e o vermelho da coragem, dos que
caem mas se levantam!
Já como Doula que conhece a fundo as etapas de uma gravidez
e parto e como mulher detentora sim do desejo de ser mãe, eu pude observar
mesmo sem ser mãe ainda, onde muitas pecam e ai a frase: “quem está de fora vê
melhor” se aplica com perfeição, não quero ensinar ninguém a ser mãe, porque
corro o risco de haver pessoas prontas a assinar atestado de ignorância e me
julgarem falando que não posso falar de mães sem ser uma delas, ora vamos, o
oncologista precisa ter o câncer pra saber como ele age? Então vamos nos poupar
dos melindres e ser francas, as mães de hoje em dia temem que seus bebês deixem
de amá-las, que as troquem por madrinhas, avós, tias...isso não é completamente
insano? É, mas puramente realidade!
Uma mulher que precisa se auto-afirmar, que não detém com
segurança o amor de seu parceiro e tem um bebê, transmite a essa criança todos
os seus anseios e inseguranças, os temores de deixar de ser amada pelas pessoas
transferem ao bebê e afastam de si e das crianças todos que podem, com medo que
alguém de fora ame mais ou igualmente seu filho? Com medo de que sejam melhores
exemplos? Esse tipo de mulher enxerga assim a situação, como se bebês pudessem
racionalizar tudo isso e como se essas ameaças realmente existissem, é um
quadro patológico talvez de depressão e não pós-parto, mas uma depressão que
vem de antes e que é agravada com a chegada de uma criança que é sufocada por
um amor nada saudável, parece que retrocedemos, as mães não estão mais criando
seus filhos pro mundo, elas tem suas crianças como posse e não limitam usar
termos como: MEU, MINHA, MINHA, MINHA, como se as pessoas não soubessem que sim
o filho é dela, nasceu dela, mas se ela continuar assim na adolescência do filho
ela verá que posse não funciona, acontece que diferentemente do que eu faria há
tempos atrás, onde tentava evitar tombos alheios, hoje vejo que alertar não
adiantaria, só causaria mais pânico nessa mulher que precisa ter o amor
exclusivo de alguém, e esse alguém é um bebê de quem ela afasta de tudo e
todos, as mães estão simplesmente criando seres humanos Sociofóbicos! E não me
entendam errado, eu sei como gerar e ter um bebê é miraculoso e não tiro a
beleza e grandiosidade desse feito, sou doula e sei que isso é realmente
sagrado, apenas creio isso não precisa nem pode ser o Tudo na vida de uma
pessoa!
E agora será o tempo a lhes ensinar, lamento apenas pelos
pequenos...(salvo exceções óbvio, pois existem “mães” que jogam seus filhos no
lixo e mães que enfrentam uma bala por um filho, portanto, não se aplica a
todas, mas a uma parcela que cresce de modo alarmante).
E por esses caminhos fui aprendendo, cada profissão, cada
emprego, cada pessoa me ensinou algo, e hoje minha crença me faz refletir sobre
o Todo e entender essas lições, me centrando, me tornando mais sensata e menos
voraz como eu seria em outros tempos...
Creio que o importante pra se chegar a um equilíbrio espiritual
que o levará ao equilíbrio das demais áreas é você ter um porto seguro, algo
que te faça crer que existe mais em você e no mundo, comigo tem sido minha Deusa
Mãe, a wicca como religião, mas não importa a crença, a vertente, contando que
esta te torne uma pessoa realmente melhor e não apenas uma casca como tanto
vemos por ai...
E se na minha pequenez eu pudesse dar algum conselho eu
diria:
1) Ame mais a si mesmo pra entender o que é amar alguém;
2) Não sufoque seus filhos e nem os afaste de boas pessoas, porque
um dia eles crescem, se mudam e você verá que não sobrou ninguém ao seu redor, porque
você os afastou quando era apenas “mãe”, não deixe de ser mulher, profissional,
esposa e ter vida social porque teve um filho, agregue pessoas a sua vida ainda
mais neste momento, e não se anule como mulher pra ser mãe, pois você pode e
deve ser as duas coisas ou então não haverá equilíbrio e plena felicidade
nunca! (diz a solteira sem filhos! Sim, digo, digo por que enxergo alem dos
olhos de uma esposa que espera no portão, digo por que enxergo alem dos olhos
de uma mãe que só fala de fraldas e afasta as pessoas, digo justamente porque estando
de fora estou sã e lúcida pra dizer como as coisas realmente são, mas você não
tem que acreditar em mim, basta olhar a seu redor!);
3) Creia em algo que te dê esperança, que incite sua fé por
momentos melhores, pela sua evolução espiritual, porque essa sim é individual e
ninguém poderá evoluir por você e não se trata apenas de mulheres porque citei mães
e mães, mas homens também claro, esses ainda que amadurecem mais tarde, que
entendem mais tarde o valor das pessoas, precisam demais de auto conhecimento
de seu espiritual!
Este texto não tem pretensão alguma, não espero mudar ninguém
com minhas meras palavras, mas se fizer alguém refletir já é um bom
começo...nada alem de mais um de meus diálogos interiores que externo em letras
pra quem quiser ler, pensar e pra mim também, porque a cada letra recordo mais
e mais do que aprendi e assim vou aprendendo, reaprendendo, seguindo como deve
ser tudo na vida, em frente e avante, porque a vida é bem mais do que amores
platônicos, fraldas sujas e insegurança...a vida Precisa ser Mais que isso!
Apenas Liberte-se e deixe-se Fluir!
O trabalho Liberte-se! de Sabrina Joicy Santos foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Com base no trabalho disponível em http://diariosdaalma.blogspot.com.br/.
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